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Incrível como uma simples ida na pizzaria pode afetar bem mais que o apetite.
Não vou dizer que faz tempo que eu escrevo neste blog, isso é óbvio.

Tava pensando uma coisa engraçada: se eu entregasse a senha do meu blog para um grande número de pessoas, o que iria acontecer? Gosto da ideia de caos, “desordem”. A questão não é a desorganização, mas a ordem que surge quando se vê a bagunça de cima e não de dentro dela. Vou fazer o seguinte, depois de salvar uma cópia dos textos passados, vou liberar a senha do blog, quem quiser dizer algo, mostrar qualquer coisa, será bem vindo.

Mas não foi pra isso que eu criei um novo texto no meu blog. O que me chamou a atenção é a forma como coisas inesperadamente boas acontecem exatamente assim, inesperadamente. É até engraçado dizer ou se fazer de surpreso, sobre o que nós realmente temos controle? Nós esperamos que o galo cante, que o sol apareça, o ônibus passar. Isso é confiança ou uma forma disfarçada de comodismo? Kant dizia que as pessoas não costumam conviver com dúvidas, elas não gostam disso, é incômodo. Isso me faz parecer o Curinga do filme do Batman, é uma obra de arte apesar de ser americano.
–Incrível como consigo perder alinha de pensamento quando começo a falar– gosto de diferentes trilhas. Já me questionei o bastante.

Boa noite

Tava pensando em criar um programa bem simples que me permitisse simular o comportamento de uma partícula lançada num nada cheio de gravidade. Depois disso comecei a ver TV e algumas coisas loucas me vieram na cabeça. Ver realidades distantes e pessoas problemáticas me faz ter medo, saudade, fome, vontade de escrever. Existe solução? Existe o que afinal? Como podemos ser tão problemáticos, vender, comprar, produzir tanto, prejudicar, matar. Não quero muito, apenas poder pensar, tentar sair da minha clausura mental e poder enxergar algo mais longo, não preciso estar no ombro de gigantes, só o nível do mar de questionamentos me basta. Sentido? Você pergunta. Nenhum, eu respondo, ou melhor, digo. Responder é algo que não se poder fazer, não com certeza. Falar bonito não é algo que gosto, falo porque minhas possíveis ideias são a única coisa que pode sobreviver à completa alimentação do verme que varre minha… (você já deve imaginar o que)

Então que venham ideias, pois as burrices passadas dão muitos sinais hoje. O Grande Hotel está ruindo, assim como nossa noção de qualquer coisa. Quero ser dadista, acha que eu tenho futuro. Futuro é algo do qual nada se pode dizer, apenas nada. E é isso o grande elemento formador de nossa mente, realidade, tripas, Universo, coração: NADA. Será mesmo?

Porque no fundo no fundo deve realmente existir um elefante sobre um tartaruga segurando tudo. Mas que tudo é esse cheio de nada?

A destruição constrói algo? “A perda fortalece” como diz Nietzsche. Então o que as pessoas devem perder para por fim aceitar um nada ou apenas um tudo que existe na cabeça.

PS: O texto acima não possui até agora interpretação clara, podendo significar diferentes coisas em diferentes contextos. Qualquer semelhança é mera coincidência.

Seja ”F” uma premitiva de ”f”, definida no intervalo I. Considere ”a” e ”b” elementos de I. A integral definida de ”F”, de estremos ”a” e ”b”, o número real:

: \int_{a}^{b} f(x) dx = F(x)\int_{a}^{b}=F(b)-F(a) </math>

Minha irmã diz: – Ascende a luz, por favor. Ma pareceu bastante estranho isso. Significa que ela tem medo do ”’escuro”’, isso é conhecido socialmente como sendo uma condição normal. Mas a minha estranheza nasceu quando pensei: por que ter medo do escuro, se é a primeira coisa que vemos ao fechar os olhos? Talvez o medo não venha da ausência de luz, e sim da falta de autoconhecimento, afinal temos medo do que não sabemos o que é. Nesse momento, quando as luzes se vão, podemos olhas para nossa [[psiquê]]. Quando crescemos ganhamos uma falsa impressão (como se o homem fosse papel): “Nus” conhecemos!

Se for assim, como iluso, quero ter medo para sempre. “Feliz é o homem, por sua condição de portador da dúvida!”

Tava lendo um blog sobre vísceras e outro bocado de coisas e aí me veio na cabeça: ESCREVER. Ora por que não? Sei lá, talvez assim eu possa extasiar, estagiar, exclamar ou proclamar algo. Mas ainda não sei bem o que vou escrever, estou apenas datilografando frases sem vírgulas ou ponto, poeira ou conto. – Por favor, sem rimas -. Mas a pergunta me cutuca novamente, o que DIABOS vou falar no papel, pensar na tinta, sonhar usando a caneta. Afinal talvez seja só isso mesmo vísceras, coração e algo que dê cor, sabor. Se eu não sei o que escrever significa que eu não sei o que pensar?

Eu pensava: “o pessoal que não pergunta nada deve ser muito inteligente”, lorota, bando de animais anti-humildes, perguntar é mostrar, mostrar o que não se tem. Eu gostaria de saber TUDO, mas acho que não vale apena. Depois que agente aprende muitas e muitas coisas percebe, percebe que é um nada. Como diria [[Sartre]]: “O ser e o nada”. Tenho quase certeza de estar falando sozinho nesta página sem ácaro, linha e qualquer outra coisa humana. Pra falar a verdade, se é que isso é possível, este arquivo tá sendo salvo num computador do tamanho do meu guarda-roupa em algum lugar da costa leste, oeste americana. Enquanto isso, preciso me suportar, aprender que certas coisas existem e que outras não. Ouvir alguém dizer: “A vida é assim…”. Mas eu não quero isso, que quero tudo, apenas tudo a nada mais. “Escarra na boca que te beija”, humano demasiado humano, um ser capaz de imaginar-se como outro.

Seria muito bom ser [[Kafka]], chorar, correr e transformar-se em inseto numa metamorfose psicológica. Acho que pessoas como eu não podem falar assim, o que diriam os outros? Eles não são capazes de ler isso que escrevo, então que diferença faz, se falo sorrindo, sussurrando. Não quero ser entendido, não escrevo como este objetivo. Escrevo pra poder continuar. Não espero que estes códigos ajudem qualquer pessoa. Sou egoísta? Não. Bom? Também não. Acho que preciso de férias…

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